sábado, 6 de julho de 2013

GRIPE QUE MATA - H1N1 E AS TREZENTAS MORTES. OU A LOTERIA DA VIDA

Pela Voz do Brasil escutei essa semana que o Ministro da Saúde já anunciou trezentas mortes pela chamada "gripe do porco".  Fiquei mais assustado ao saber que a maioria das mortes aconteceu no Estado mais rico da Nação:  o Estado de São Paulo.  Curiosamente tenho acompanhado os jornalistas e analistas de todas às espécie , ao comentarem as passeatas que brotam em cascata em todo o território nacional.   A maioria dos analistas dizem não entender a voz da rua e afirmam que muitas autoridades também não entendem. Ora, gastou-se  apenas 30 bilhões em estádios de futebol. Mas qual foi o gasto para vacinar toda a população brasileira contra a gripe que é mortal e devastadora ???? Nossas autoridades sanitárias optaram por criar um grande filtro para vacinar a população, criando obstáculos variados para as pessoas se vacinarem. Apenas idosos e pacientes crônicos.  Ocorre que muitas pessoas tiveram que fazer um certo esforço para no país no papel (onde o papel vale mais que a palavra das pessoas) comprovarem a condição de idoso ou de doente crônico. Temos no Brasil, um número considerável de jovens diabéticos do tipo 1 e agora com a nossa alimentação farta e cheia de hamburgueres um número crescente de jovens diabéticos do tipo 2. O número e assustadoramente crescente, basta ir até um pronto atendimento ou pronto socorro, para constatar que as pessoas que estão ali na sua maioria sâo diabéticos. Cadê a vacina para essa gente toda ? Já que um diabético com H1N1 é paciente de alto risco que exige tratamento em UTI de isolamento, tal a gravidade da combinação de infeção com diabetes.  No entanto, em nosso País não sabemos exatamente qual é o número exato de diabéticos e de hipertensos. Ou o que é pior o número exato de pessoas que tem ambas as doenças.  Também aproveito para  perguntar cadê as associações de diabéticos para pedir vacinação em massa da população ?   Não seria mais econômico para o sistema de saúde pública vacinar toda a população ??? Já que em nosso País não se sabe ao certo quem tem tais doenças crônicas???? Será que temos no Brasil, tantas leitos em UTI EM CONDIÇÕES DE ISOLAMENTO ASSIM???

A nossa realidade na área da saúde da população é equivalente a qualquer País da Africa Subsariana, não temos hospitais públicos em número suficientes para atender a população, quando tem o hospital. O hospital não tem técnicos em enfermagem, nem enfermeiros formados, nem laboratório e nem mesmo mèdicos. Pois não há qualquer esforço por parte das nossas autoridades (das três esferas de governo) em oferecer saúde pública com um padrão mínimo de qualidade.

Assim criamos uma nova loteria. A loteria da vida. Quem for atingido pela H1N1 e conseguir internação em uma UTI DE ISOLAMENTO, terá chances de salvação. Os demais podem morrer em casa ou no corredor     do hospital.
DR. HERMES VITALI


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