Recentemente tomei conhecimento que o “novo console do
Playstation de quarta geração” (seja lá o que for isso, pois não tenho filhos,
para cobrar a aquisição de tal geringonça)
está cotado no Brasil pela casa dos 4
mil reais. Sendo que o mesmo mimo em Miami custa na faixa de 400 dólares , ou
seja,fazendo o câmbio de hoje (R$ 2.19) chego ao valor de R$ 876,00. Esse e um padrão que se repete em vários
produtos vendidos naquele “paraíso” para os consumidores ávidos por novidades eletroeletrônicas,
gadgets e afins. Tenho um amigo que até os ternos ele adquire no País de Barack
Obama. Sempre lembrando que vivemos no mundo da economia
globalizada. Parece evidente que há algo de muito errado nisso tudo. Ou são os
custos e despesas envolvidas ou a expectativa de lucro em cima do produto. No entanto, mesmo com produtos de fabricação
totalmente nacional, tal “fenômeno” ocorre. E obvio que há alguma coisa de
muito tenebroso na política econômica sustentada pelo nosso Governo. O mundo mudou, globalizou, no entanto, muita
coisa em nosso Brasil não foi globalizada.
A saber:
- a produtividade da nossa mão de obra é escandalosamente
baixa (falta estudo e comportamento ético para o trabalho);
- os encargos sociais e os penduricalhos atrelados a folha de
pagamento, que inclusive dificultam saber qual é o real custo da folha (com a
agravante de não se reverter em benefícios ao trabalhador);
- a carga tributária exagerada e abusiva, que inviabiliza os
negócios e é geradora de miséria;
- um cipoal de leis, regulamentos, portarias, circulares,
comunicados e outros quejandos que criam uma enorme insegurança jurídica e
incomensuráveis dificuldades no momento de se apurar um tributo ou cumprir uma
obrigação acessória tributária;
- o custo financeiro para as pequenas e médias empresas, que é acima dos praticados nos demais paises;
- e por fim o chamado “custo Brasil” que se traduz em uma
cultura tanto governamental como de entidades quase oficiais que se acham no
direito de cobrar “taxas, preços, contribuições” a seu bel prazer, sem prestar
nenhum serviço ou prestando
miseravelmente.
Concluindo: muita coisa para mudar.
Hermes Vitali
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