segunda-feira, 10 de outubro de 2011

CVM investiga uso de informação privilegiada pré-balanços

 


A Comissão de Valores Mobiliários está investigando o uso de informação privilegiada por investidores antes da divulgação de balanços trimestrais pelas empresas de capital aberto.

"Estamos adotando uma nova linha de investigação com foco na divulgação de resultados", disse a presidente da autarquia, Maria Helena Santana, em entrevista hoje na Bloomberg em São Paulo.

A preocupação da CVM surgiu a partir de uma base de "casos específicos", disse Maria Helena, sem citar nomes de empresas ou quantidade de casos em análise.

A medida é considerada "positiva para o mercado", disse o diretor de investimentos da Fundação Cesp, Jorge Simino, que ajuda a administrar R$ 18,5 bilhões em São Paulo.

"Se aconteceu algum caso assim, a melhor coisa é a investigação e a punição, porque isso depura o mercado."

Segundo Maria Helena, a CVM está testando um novo sistema de monitoramento que vai permitir identificar movimentos atípicos de mercado antes da divulgação dos balanços. O sistema será capaz de detectar um padrão no comportamento do investidor.

"Dependendo do que conseguirmos, pode resultar em processo sancionador", disse Maria Helena.

O uso de informação privilegiada no mercado financeiro é considerado crime no Brasil, segundo a Lei nº 6.385, de 1976, com pena prevista de prisão de um a cinco anos e multa de até três vezes o valor da vantagem obtida de forma ilícita.

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