O TESOURO DIFÍCIL
Certo homem interessado no aprimoramento próprio, rogou a Deus
lhe permitisse a busca das qualidades nobres que os sábios nomeiam
como sendo as que fazem jorrar fontes de luz nas profundezas da lama
e, aprovado na solicitação, iniciou o seu longo itinerário no Espaço e
no Tempo.
De começo, pediu a compreensão da beneficência, nasceu
abastado, e, sem dificuldade, repartiu bens e valores diversos,
transformando-se em benfeitor da comunidade.
Regressou à Vida Maior e solicitou a luz do discernimento;
corporificou-se em família generosa que lhe facultou as melhores
oportunidades de estudo e adquiriu, sem sacrifício, a faculdade de
penetrar o sentido das pessoas e das situações.
Em seguida, almejou a aquisição de poderes artísticos e, sem
maiores esforços, converteu-se em artista famoso.
Logo após, quis o dom da simplicidade; retomou a experiência
humana, num lar modesto e aprendeu facilmente a manter-se em paz e
alegria com o mínimo de recursos.
Sem delongas, pediu o carisma da autoridade e renasceu numa casa
que lhe amparou o ideal, auxiliando-o a se fazer respeitável e atencioso
juiz.
Desejou depois explicar as leis da vida e retomou ao Plano Físico
nas condições necessárias e, em curta faixa de tempo, transfigurou-se
em nobre orador, elucidando a indagações do mundo sobre as
realidades do espírito.
Mas, realizadas tantas aspirações, rogou a Deus o tesouro da
paciência e, com a Permissão Divina, segundo afirmam dedicados
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Instrutores Espirituais até hoje, esse mesmo homem já voltou à Terra
através de reencarnação a reencarnação, durante oitocentos anos, e,
quanto ao tesouro da paciência, nada conseguiu.
Meimei
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